verdade viva °°°: dezembro 2008

30.12.08

Pés descalços de sapatinhos amarelos balançam num ritmo ondulado de dúvidas.
Um romance renegado passou percebido e faltou muito pouco para se eternizar naqueles pequeninos momentos de luz e graça.

Entre tragos e goles foi possível notar que existia espaço mesmo quando não havia como se mexer. Esticava braços e pernas devagar e só encontrava imensa parede de ar. Existe pouca voz e pouco Jobim. Um não-querer de pernas semi-cruzadas.

Uma confissão transfigurada de apêgo, de afeto.
Concreto insólido.
Abstrato absoluto.

Nem mais uma mordida
Nem mais um café
Nem mais uma pitada de açúcar.

Haja sal nesse paradoxal doce-oceano.