verdade viva °°°: dezembro 2011

30.12.11


Houve uma época bem lá atrás em que eu e a Rebeca ouvíamos o Diogo cantar "Save tonight" e eu direcionava, um pouco embriagada, meu compasso criativo daquelas noites de verão aos sorrisos próximos, mas com o pensamento sempre distante.
A Rebeca sabia exatamente em quem eu estava pensando; em com quem eu gostaria de estar. Quando a gente se fechava fins de semana adentro no apê do Guga em Pirangi, ela sabia exatamente com quem eu queria dividir as minhas noites de sol.

Começo a me despedir do ano que já se passou e dos tantos outros passados com essa lembrança. Talvez a Cássia Eller tenha alguma participação nisso tudo, já que ela está ali na minha TV, eternizada na lembrança de um país ainda preconceituoso, cantando músicas em inglês que me fizeram lembrar do Eagle-Eye Cherry e do clássico refrão de Save tonight que ainda faz parte da set list do Diogo.

Será um clichê muito do sem gostinho desejar que o ano que já vem entrando seja melhor, seja de mais sorte, seja de mais otimismo, de paz?
Esse nosso mundo, todos os anos, espera vivenciar esses votos que ainda brilham junto aos fogos de artifício, mesmo com todo o individualismo que existe. E o meu processo cognitivo falha nessa hora.

O Dudo tem me ensinado a ser menos ansiosa, por mais que ele não acredite que vem sendo bom professor. A ansiedade deve ser trabalhada com paciência. É isso mesmo.
A paciência é um dos ingredientes principais da receita do mundo e dos bons relacionamentos.
Eu sou ansiosa. "Calma, Vanessa. Eu não vou mandar as fotos que você tanto, mas tanto quer agora - você vai ter que esperar até a hora do almoço de amanhã."

Pula.

Nunca me arrependi de demonstrar amor. Nunca me arrependi de ter dito que amo. De ter sido brega ou de ter cometido erros absurdos como chamar alguém de burro.
Na verdade, sempre tive medo da solidão a dois.
E quando senti que falhei em minhas tentativas sempre soube que nunca foi em vão.

Dizer "te amo" nunca foi fácil pra mim. E quando eu finalmente consegui fazê-lo tive que concordar com o Daniel de que realmente não era nenhum bicho de sete cabeças. E, olha, o resultado que isso provoca pode ser lindo.

Até descobrir que era o seu amor aquele que eu tinha que segurar de alguma forma, que tantas vezes minhas mãos cederam e ele escapou de mim, mas sempre voltava arrodeando o meu peito e me chamando atenção, ficando sempre por perto. Um amor que sempre foi meu, desde o início, mas que ali ainda não sabia ser. E que ter conseguido tê-lo depois de tanto buscar só fez com que o meu amor, como eu não poderia imaginar, crescesse ainda mais.

É com esse mesmo amor, que já nasceu cheio de si de tão grande que é, que pretendo passar 2012, 2013, 2014, 2015... e todos os pares e ímpares que seguirão em harmonia.

E continuo a desejar para mim mesma o que já tenho e para ti o que já tens: o nosso amor.