verdade viva °°°

30.12.08

Pés descalços de sapatinhos amarelos balançam num ritmo ondulado de dúvidas.
Um romance renegado passou percebido e faltou muito pouco para se eternizar naqueles pequeninos momentos de luz e graça.

Entre tragos e goles foi possível notar que existia espaço mesmo quando não havia como se mexer. Esticava braços e pernas devagar e só encontrava imensa parede de ar. Existe pouca voz e pouco Jobim. Um não-querer de pernas semi-cruzadas.

Uma confissão transfigurada de apêgo, de afeto.
Concreto insólido.
Abstrato absoluto.

Nem mais uma mordida
Nem mais um café
Nem mais uma pitada de açúcar.

Haja sal nesse paradoxal doce-oceano.

2 Comments:

At 30.12.08, Anonymous Anônimo said...

E o apego às palavras escritas impede que as palavras ditas provoquem o contato que transforma a fantasia em realidade...

 
At 5.1.09, Blogger renatamar said...

Senti uma beleza triste.

*

 

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