verdade viva °°°

30.7.08

Parecia que ele estava sentindo-se só em meio àquela gente enfeitada de cores.
Já tinha acordado naquela preguiça de lutar, como era perceptível em seus ombros um pouco curvados, que até suas meias que sempre largavam cedo de seus pés estranharam o excesso de apego.
Como uma poeira irrelevante e suspensa no ar, percebo todos os seus atos, e realmente, naquela manhã azul o primeiro pé a pisar, de fato, fora o esquerdo.

Xiii. A sexta-feira pelo menos era 11.

Boa noite!

Alto, branco, olhos e cabelos cor de quebra-queixo, usava uma barba densa mas não comprida, e segurava em uma das mãos uma lata de qualquer bebida e na outra, outra mão.

Detinha uma expressão demasiadamente angustiante que me tirou a consolação da música instrumental ambiente. Perdi-me nas palavras (pronunciadas em terceira dimensão) daquele olhar; o que não adiantou muito, pois quando (por coragem mesmo) decidi toca-lo nos ombros e contar algum segredo, a mão que já lhe estava tocando, estava lá, levando-o embora. Talvez em boa hora.

Resolvi puxar a mão que já estava ao meu lado desde o princípio de toda essa bagunça e fizemos o mesmo. Partimos. E rapidamente.

Naquela madrugada de alta velocidade em pistas remendadas e bordadas só encontrei o meu estado de alerta.

Tem muita gente infeliz sem querer.

1 Comments:

At 30.7.08, Anonymous Anônimo said...

muita mesmo.
e sem querer mesmo.

 

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