Disritmia, disritmia, disritmia.
O Dr. diagnosticou "sorte! és uma menina com sorte!" quando percebeu que não se tratava de nenhum problema cardíaco, mas sim daquele frenesi intenso que rotineiramente invade o coração dos que passam a querer não só o bem, mas o melhor - pra não dizer, dos que encontram-se apaixonados, enamorados, encantados ou qualquer sentimento que o valha.
A paciente corou - nesse defeito por vezes perfeito que é envergonhar-se frente estranhos. Bochechas ainda em escarlate. Sorriu de canto de boca, encabulada. Movimentos leves de vai-e-vem com os dedos dos pés que desenhavam riscos imaginários no piso branco e brilhoso do consultório.
Uma brisa lhe levou novamente ao momento em que havia deixado sua vida ao acaso bem naquele minuto em que seu coração resolveu palpitar sem compasso e bem naquele minuto onde alguém lhe disse que já podia, enfim, voltar a respirar com calma.
Chegou a descartar a sorte pela ocasião. Afinal, durante toda uma vida acreditou que a sua sorte se valeu de dois palitos de picolés premiados em uma única tarde de infância.
2 Comments:
qdo o coração da gente se apaixona fica fácil, fácil de se entregar...
bem que o Daniel falou naquela música!
"..defeito por vezes perfeito.."
ieauhiuaehio...
Adorei! x)
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