Tem um grito preso na garganta que me impede de engolir o mundo.
Tem uma lágrima revolta que percorre, fracassada, minha face.
Tem tanta injustiça captada pelos meus ouvidos que se perdem frente aos sussurros de que dias melhores virão.
Abaixo a cabeça frente às circunstâncias por não ter mais o pique de reclamar, de bater de frente, de pisar firme no chão.
Não aguento mais ter que negar; ter que fingir não querer quando o cheiro do que é meu desejo se instala em mim.
Essa vida que percorre alheia à minha me enfurece; minhas palavras não comovem; ele simplesmente não consegue entender.
Dentre as suas escolhas que devem ser as certas eu encontro todos os erros e burrices do mundo.
Entre o não querer e o mal querer me contento com o resto.
Por que ele simplesmente não senta na minha cadeirinha branca de balanço e percebe que sou a escolha certa, diz que me ama e adormece ao meu lado?
Por que ele simplesmente não reconhece que estive aqui por tanto tempo e que foi exatamente isso que fez de mim seu ponto forte e dona do seu maior carinho?
Quando vamos repetir o beijo que afogou meus olhos irritados pelo tempo da espera?
Quando foi que deixei de ser a melhor companhia para se conversar num dia chuvoso e frio?
Quando foi que ele descobriu que não existia mais tesão ao comer sua comida preferida?
Faz tempo que ele descobriu que o excesso de tesão que julga sentir por mim se justifica pela falta de amor?
Eu disse que o tênis da nike, naquela combinação, cairia bem melhor que o all star. E eu disse que era de verdade o charme e a beleza do sorriso.
Mas você poderia ficar sério, tirar os tênis e se desarrumar pra mim, por favor?
Pode me segurar pelo braço e falar no meu ouvido tudo aquilo que dispensa atenção; tudo aquilo que penetra por osmose?
Sim, pode ser sacana e bancar o hostil se me prometer que depois virão piadas idiotas acompanhadas de um pote de sorvete e meias brancas debaixo do edredom.
Pode enfeitar minhas nuvens me contando histórias de heróis e vilões, debaixo de uma árvore cujos galhos eu consiga me pendurar.
Pode escolher os nomes dos cachorros e os discos que vamos ouvir.
Pode me empurrar na areia da praia e me irritar com guerrinhas imbecis.
Pode me deixar sozinha com os meus textos e deixar que eu busque sozinha os meus óculos de grau.
Quando foi que fiz de você minha dose diária (nada homeopática) de vida?
Tem uma lágrima revolta que percorre, fracassada, minha face.
Tem tanta injustiça captada pelos meus ouvidos que se perdem frente aos sussurros de que dias melhores virão.
Abaixo a cabeça frente às circunstâncias por não ter mais o pique de reclamar, de bater de frente, de pisar firme no chão.
Não aguento mais ter que negar; ter que fingir não querer quando o cheiro do que é meu desejo se instala em mim.
Essa vida que percorre alheia à minha me enfurece; minhas palavras não comovem; ele simplesmente não consegue entender.
Dentre as suas escolhas que devem ser as certas eu encontro todos os erros e burrices do mundo.
Entre o não querer e o mal querer me contento com o resto.
Por que ele simplesmente não senta na minha cadeirinha branca de balanço e percebe que sou a escolha certa, diz que me ama e adormece ao meu lado?
Por que ele simplesmente não reconhece que estive aqui por tanto tempo e que foi exatamente isso que fez de mim seu ponto forte e dona do seu maior carinho?
Quando vamos repetir o beijo que afogou meus olhos irritados pelo tempo da espera?
Quando foi que deixei de ser a melhor companhia para se conversar num dia chuvoso e frio?
Quando foi que ele descobriu que não existia mais tesão ao comer sua comida preferida?
Faz tempo que ele descobriu que o excesso de tesão que julga sentir por mim se justifica pela falta de amor?
Eu disse que o tênis da nike, naquela combinação, cairia bem melhor que o all star. E eu disse que era de verdade o charme e a beleza do sorriso.
Mas você poderia ficar sério, tirar os tênis e se desarrumar pra mim, por favor?
Pode me segurar pelo braço e falar no meu ouvido tudo aquilo que dispensa atenção; tudo aquilo que penetra por osmose?
Sim, pode ser sacana e bancar o hostil se me prometer que depois virão piadas idiotas acompanhadas de um pote de sorvete e meias brancas debaixo do edredom.
Pode enfeitar minhas nuvens me contando histórias de heróis e vilões, debaixo de uma árvore cujos galhos eu consiga me pendurar.
Pode escolher os nomes dos cachorros e os discos que vamos ouvir.
Pode me empurrar na areia da praia e me irritar com guerrinhas imbecis.
Pode me deixar sozinha com os meus textos e deixar que eu busque sozinha os meus óculos de grau.
Quando foi que fiz de você minha dose diária (nada homeopática) de vida?
2 Comments:
Poxa Laka...
Adorei o blog (design e talz) e, também, gostei muito da crônica (ou texto, desabafo, enfim...). Muito sincero e perspicaz. Não conhecia seu lado literário, virei leitor.
Também escrevo em um blog, mas anda desatualizado em função das atividades no mestrado.
Quando tiver um tempo, dá uma lida lá: http://wwwsolpoente.blogspot.com/
Beijão.
Léo (Ecologia - UFRN).
Pena (ou sorte) que não vende na farmácia.
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