verdade viva °°°

20.12.09

Os dedos esboçavam um apego materializado pelo som. Era uma maneira provocante e quase carnal de discutir a melhor maneira de usar as mãos naquele Giannini setentão.

Quando eu toquei nele a primeira vez meu corpo inteiro em acordes me fez lembrar aquele dia chuvoso de trilhas, onde ouvi o mais bonito canto de um pássaro desconhecido. Era um som líquido, macio e quase sufocante.

2 Comments:

At 24.12.09, Blogger Vinícius Menna said...

Todo o barulho e toda a sorte de vozes ao entorno cessam. A música que toca agora é a do dedilhado de cordas imaginárias, que saem por trás do pescoço dela, enquanto se beijam.

A escuridão dos olhos fechados se transforma em um jardim colorido e com cheiro de flores e terra molhada.

Nesse momento, o beijo ganha trilha sonora e cenário próprios... E vira um filme digno de oscar para se colocar na videoteca das recordações.

 
At 26.12.09, Anonymous Anônimo said...

Uma descrição extremamente envolvente!

 

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